terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Basic Economics, mais um livro de Thomas Sowell.


Terminei de ler o terceiro livro do Thomas Sowell, Basic Economics, Fifth Edition: A Common Sense Guide to the Economy. O primeiro livro dele que li foi Wealth, Poverty, and Politics: An International Perspective e fiz umas anotações sobre o primeiro capítulo há um tempo atrás.

Thomas nasceu perto de onde moro hoje, na Gastonia, Carolina do Norte. Outra coisa bacana de se ver são as belíssimas fotografias de Sowell que retratam várias etapas da vida dele desde antes de servir na marinha americana.

Voltando ao Basic Economics, ele usa a mesma técnica de falar sobre economia sem um gráfico sequer. Isso quer dizer que qualquer pessoa entende o que ele quer explicar. Impressionante, não acha? Ele confronta dados de fatos reais e expõe análises próprias para ensinar que tudo depende de muitos, vários fatores que devem ser analisados com cuidado. 

Ele cita o Brasil algumas vezes neste livro, mas foi uma pena eu não ter anotado as passagens. Se um dia fizer sentido, eu volto para procurá-las.

Quando ele se aposentou em 2016, muitos perguntaram porque ele ia se aposentar. Thomas que na época tinha 86 anos, mais de 40 livros publicados e algumas centenas de artigos de jornal respondeu que "a pergunta não deveria ser por quê estou parando, mas o que me manteve trabalhando por tanto tempo".


Even the best things come to an end. After enjoying a quarter of a century of writing this column for Creators Syndicate, I have decided to stop. Age 86 is well past the usual retirement age, so the question is not why I am quitting, but why I kept at it so long.
Thomas Sowell


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

With all due respect, o livro da Nikk Haley


Estou quase terminando de ler o livro da Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU.

Coisas muito interessantes:

- Filha de imigrantes indianos que vivam em uma casa de 6 andares com muitos empregados. Eles eram ricos na Índia, mas vieram para os Estados Unidos para viverem num país livre.

- Na infância ela era separada dos grupos de negros e também do grupo dos brancos, ficando num no terceiro grupo com um outro garoto que também era "marrom" como ela mesma dizia. Atualmente essa é ainda uma questão que percebemos logo que chegamos aqui na Carolina do Sul, em 2011. Nos formulários existe a classificação para branco(a), negro(a), latino(a) e outros. No caso eu nasci na América Latina e por isso sou latina? Não necessariamente porque latinos são aqueles que falam espanhol. Eu escrevo que sou branca, ou caucasiana dependendo do que solicitam. Meu marido é o estereótipo do típico brasileiro, mulato e por isso tem nada para ele marcar...

- Ela foi visitar uma das fábricas onde a empresa onde trabalho eventualmente e que faz tecidos automotivos. Isso não está no livro, mas minha chefe direta tem uma foto com ela. A visita comemorava quase 2 anos sem acidentes naquela planta. 

- No livro ela cita o Brasil diretamente uma vez só. Isso se dá quando ela fala das democracias na América Latina, em contraste ao que Nicolas Maduro está fazendo na Venezuela. Indiretamente ela fala dos países que votaram contra os EUA na decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e, pesquisando descobri que o Brasil foi um dos 128 que fizeram isso.

- O nome do livro tem a ver com a ocasião muito bacana onde ela confronta um funcionário do presidente que falou que ele havia se confundido ao dar uma declaração sobre o que Donald Trump ia fazer. Ele falou: "Nikki got confused." (Nikki se confundiu.) Ela respondeu: "With all due respect, I don't get confused. The president changed his mind." (Com todo o respeito, eu não me confundo. O presidente mudou de ideia.) Essa declaração virou slogan e foi até parar em camiseta.



- "Fatos são lembrados enquanto as emoções se desmancham,
mas as emoções comandam as lições que aprendemos."

Nikki Haley

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domingo, 29 de dezembro de 2019

sábado, 28 de dezembro de 2019

Dizem que brasileiro é dinheirista.

Questões de ética são sempre difíceis de resolver.

Aqui vai uma...

Quando fazia um trabalho em dupla para a graduação em psicologia eu tive a idéia de pedir ajuda financeira para realizarmos a pesquisa. Minha colega não acho que conseguiríamos portanto nem participou da preparação da papelada burocrática ou coisa alguma. Então fiz tudo por minha conta, a explicação dos motivos pelos quais precisaríamos do dinheiro, preenchimento de formulários, calendário de datas para apresentar o projeto, impressão do relatório e tudo o mais.

A ideia era receber um valor que seria suficiente somente para ajudar com as pesquisas de campo que seriam realizadas em breve. Podendo ser usado para imprimir os questionários das pesquisas, cobrir o valor do deslocamento de ônibus para o local onde os idosos seria entrevistados, quem sabe até mesmo pagar um café para o entrevistador e coisas afins.

Conseguimos o valor solicitado, mas meu nome não constou do pedido porque a nossa orientadora achou que se colocassem meu nome o pedido seria indeferido. Isso porque eu tinha um trabalho fixo. Enfim, fiz todo o pedido e combinamos de dividir o valor igualmente entre nós duas, uma quantia de pouco mais de cem reais por mês por um ano.

O pedido foi aprovado e fiquei sabendo pela professora que me avisou que o valor ficaria com a colega. Afinal eu tinha um emprego, um carro e um apartamento. 

Quando encontrei a colega confirmei a aprovação e recebi a confirmação de que ela ficaria com o valor total porque era o que a professora havia falado para ela fazer. Foi uma decepção que se estendeu até o fim do trabalho que, por sinal, tive que terminar quase sozinha. A colega era muito tímida para ir até o local e recrutar os idosos a responder os dois questionários, um de bem-estar  subjetivo e o outro de qualidade de vida. Ela também não queria ir em outros lugares para encontrar idosos. Sugeriu inventar umas respostas randômicas para completar os formulários. Nesse dia decidi fazer as pesquisas eu mesma, com a ajuda do meu namorado.

Na hora de imprimir as pesquisas ela também se esquivou da situação e eventualmente tive que negociar uma ajuda dela para comprar papel e toner para a impressora. Todo final de mês íamos até o caixa eletrônico tirar o valor e me repassar uns 30 reais.

É verdade que eu tinha emprego, carro e casa*, mas o que isso tem haver com o fato de eu ter pedido o valor para a nossa pesquisa e termos combinado a divisão do dinheiro 50/50? Ela era uma colega que cumpria com as promessas e datas. Entretanto, cada um tem a uma ética, como dizia a professora de psicoanálise. Eu, por outro lado, tenho dificuldade em deixar de cumprir uma promessas ou um acordo que fiz. Mesmo quando não estão me cobrando, aquilo fica na minha cabeça por semanas, ou meses me torturando. É comum eu me desdobrar para fazer o que combinei e até sacrificar as minhas vontades para fazer o que havia prometido para outra pessoa. 

Enfim, 0 que você faria numa situação dessas? Será que isso só aconteceu porque havia dinheiro na jogada? Alguns dizem que brasileiro é dinheirista e eu questiono, mas concordo.

*Tinha e tenho emprego porque ninguém pagava, nem paga as minhas contas. Tinha carro porque meu trabalho exigia e era o meu transporte para a faculdade. Tinha apartamento, verdade, financiado em 30 anos e pagava religiosamente o financiamento.

Free photo 8107926 © Alekss - Dreamstime.com

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

The burnout generation, um livro boboca.




Em um momento de distração mental esse título que me fez pensar que poderia encontrar nessa páginas alguma estratégia efetiva para não sofrer outro burnout. Acredito que eu já tive uns três, mas tenho certeza que um deles foi o que cunhou a minha atual situação de saúde.

O formato do livro é interessante e dinâmico. Digo em termos de explanação e mini entrevistas onde outros jovens contam suas histórias e estratégias para melhorar ou simplismente sair do buraco no qual se encontram. Essas mini entrevistas deixam no ar uma dúvida de que são montadas somente para justificar as ideias que querem citar, sem relação com a realidade de pessoas de carne e osso.

Então pensa num livro ruim! Fraco. Cheio de pessoas quase estressadas que ficaram decepcionadinhas pois não conseguiram emprego logo que terminaram o faculdade de estudos da mulher atual ou coisa que se valha.

As ideias são simplorias e algumas culpas políticas vem encaixadas em clichés de aquecimento global (para quando faz calor) ou mudança climática (para quando faz frio). Sendo assim, ele nem passa perto do que poderia ser uma ajuda real no caso verdadeiro de um burnout.


Enfim, não perca seu tempo!

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sábado, 30 de novembro de 2019

Uma breve explicação sobre esse começo


Um dia pensei que escreveria as minhas observações em papel e, assim como ensinado no primeiro dia de qualquer terapia, conseguiria com o passar do tempo resolvê-las dentro de mim. Ao menos veria a evolução delas ou poderia ver se fosse virando as páginas do tal caderno pautado. Assim o fiz por muito tempo e entendo que ajudou mesmo.

Depois que essa doença autoimune em mim se intalou não tive mais tempo de anotar meus pensamentos. Trabalho diferente aos quarenta anos, junto com a vida em outro país e viagens continentais colocaram esses registros em segundo, terceiro ou último plano. Não conseguindo mais escrever fiquei com memórias que às vezes pulam em minha mente fazendo questão de trazerem sentimentos esquecidos.

Então fiz um blog de design que se tornou um blog de variedades e de traduções de artigos para entendimento de doenças autoimunes. Ainda escrevo por lá. São assuntos mais técnicos, com referências descentes. Nada parecidos com os relatos que pretendo colocar aqui.

Também pensei na exposição de ideias mais políticas que não cabem no blog que contém esclarecimentos e contos que a minha mãe escreve para esvaziar a sua mente.

Interessante coincidência, escrevemos para resolvermos assuntos dentro de nós mesmas.

Então seguirei em frente com os escritos de cada dia.

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