quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

The Royal art of poison, by Eleanor Herman

The Royal Art of Poison:

Filthy Palaces, Fatal Cosmetics, Deadly Medicine, and Murder Most Foul


Terminei de ler o livro da Eleanor Herman, A arte Real do envenenamento: Palácios imundos, cosméticos fatais, remédios mortais e os assassinatos mais sujos em tradução livre.


O bacana do livro é que ela começa cada história, de cada personagem nos situando no tempo histórico, ou seja, qualificando detalhadamente os costumes, as comidas, as casas, os palácios, etc. Logo em seguida ela traz relatos de autópsias contemporâneas, feitas na época da morte do famoso em questão. Por fim, ela confronta com conclusões modernas de exumações e modernas análises dos relatos das autópsias da época.

Sendo assim, vários relatos de morte por envenenamento no passado são confrontados com técnicas atuais que mudam, às vezes totalmente o entendimento da narrativa. 

Coisas interessantes:

- Nem toda morte era causada por ingestão de veneno. Muitos rumores de envenenamento foram posteriormente entendidos como câncer, úlcera perfurada, infecção por bactérias, vírus e outras doenças que a falta de saneamento produzia e ainda produz. Esta última, aliás era a grande causadora de febres, dores de barriga, delírios, suadores, vômitos, diarréia e indisposições de todo o tipo que facilmente eram sussurrados pelos ouvidos da corte como uma terrível trama para tomada do poder por algum irmã, irmão, amante, marido, esposa ou interessados na sucessão do trono.

- O chifre de unicórnio era muito usado para detectar veneno em comidas. Posteriormente descobriu-se que o tal chifre nada mais era que o bico do animal marítimo conhecido hoje narval. Seus chifres apareciam misteriosamente nas beiras das praias da Europa e se prestava somente ao fomento de uma superstição mística de detecção de alteração em alimentos.

A rainha Elizabeth I e seu mágico chifre de unicórnio.

- Os médicos, seus remédios e tratamentos também matavam. Afinal o mercúrio e o arsênico eram comumente receitados para tratar de sífilis a piolhos.

- Enemas com ervas e plantas que hoje sabemos serem venenosas era prática comum na antiguidade. Um enema contendo ácido sulfúrico, por exemplo matou um nobre nos meados de 1600. Na verdade era impossível saber se a causa da morte havia sido natural ou intencional.

- O primeiro a observar seres vivos na água foi um vendedor de tecidos, Leeuwenhoek que por acaso queria ver melhor os ligamentos usados nos panos que comercializava. Ele então inventou uma lente de aumento para esse fim. Antes dele, e mesmo depois dele falar sobre sua descoberta, o precursor do microscópio, ninguém tinha a menor ideia sobre bactérias e outros seres que poderiam estar escondidos na água, na saliva e outros fluidos.

- Mulheres morriam por problemas de falta de higiene durante o parto. Sangramentos que duravam semanas eram facilmente vistos como envenenamento pelo monarca que clamava traição por parte dos invejosos da sua virilidade. 

- Muitos, mas muitos casos de envenenamento de mulheres, esposas ou amantes dos monarcas eram causados pelas maquiagens e tratamentos de beleza a que elas se submetiam. Segundo análises modernas de cadáveres e buscas em livros de alquimia (a química daquela época) a maioria dos cosméticos usava mercúrio, arsênico e tantas outras substâncias hoje consideradas super tóxicas.

- À  época da Art Nouveau os papéis de parede na cor verde vivo continham um químico descoberto pelo suiço Carl Wilhem Scheele. O pigmento que produzia essa cor continha nada menos que acidic copper arsenite - eu não traduzo essas palavras porque não sei a ordem certa para a química. Napoleão tinha na casa que vivia em New Orleans, nos Estados Unidos de 1821, várias paredes cobertas pelo verde que encurtou a vida de vários fashionistas.




- Ainda hoje, alguns países envenenam aqueles que demonstram uma visão contrária a de seu soberano. Vide histórias recentes como a do jornalista Alexander Litvinenko e também também a do irmão do ditador da Coréia do Norte, Kim Jong Un. Esse último caso foi curiosamente capturado pelas câmeras de segurança do aeroporto da Malásia.


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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Portugal e o dinheiro das Colônias

Largo das duas Igrejas em Lisboa, Portugal.

Participo de um site onde pessoas postam suas perguntas para que outras pessoas possam responder. Quora é o nome do site e lembro de tê-lo encontrado depois de ter uma dúvida comum sobre como fazer alguma coisa corriqueira que eu não conseguia encontrar.

Recentemente me deparei com uma pergunta interessante para a qual havia uma resposta bem perspicaz. A história era mais ou menos assim: Por que Portugal não investiu o ouro e dinheiro que conseguiu com as Colônias em educação, preferindo gastá-lo com monumentos e Igrejas?

Todo brasileiro já ouviu a história de que Portugal usou o dinheiro que recebia do Brasil e das outras Colônias para pagamento da dívida que havia contraído com a Espanha. Ou ainda, que a realeza simplesmente gastou com superficialidades que satisfaziam as vontades da Corte de Portugal.

Pausa para lembrar que pessoas morreram em 1792 por protestar pelo quinto. Isso significava que  1/5 do ouro encontrado nas Minas Gerais deveria ser enviado para o Império. Hoje pagamos algo como 46%, ou mais... Algo equivalente a 1/2 (metade), ou quase do que ganhamos para sustentar os políticos da democracia brasileira.

Nota: se Tiradentes era ou não um revolucionário, não vem ao caso, pois estou falando aqui da vergonha que é pagar metade, ou quase, ou mais... nem sei quanto é o valor. 

Voltando à pergunta, alguém respondeu: Na época, o Rei de Portugal fez o que acreditava ser apropriado para a época. Construiu Igrejas e as ornamentou com ouro, por exemplo. Naquele tempo, naquele país isso era o certo a fazer e qualquer um teria feito o mesmo! Quer dizer, teria gastado ou investido o dinheiro na onda do momento.

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sábado, 11 de janeiro de 2020

As mães do reino animal

Mamãe canguru: Eu vou te proteger até você ficar pronto.
Mamãe urso: Eu vou manter você aquecido até você estar pronto.
Mamãe macaco: Eu vou te carregar até você estar pronto.

Mamãe passarinho: Voa, seu bosta
!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Marxismo e a guerra cultural do dia

Colocar um alcorão na privada: crime de ódio, racismo.
Colocar uma bíblia na privada: isso é arte!

Quem não entendeu, não entende mais, nunca mais!