sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Convivendo com um passivo-agressivo, resumão do livro, parte 1

Esta semana eu finalmente consegui acabar a tradução do livro Convivendo com um homem passivo-agressivo de Scott Wetzler, Lidando com a Síndrome de Personalidade da Agressão Camuflada. Essa é uma tradução minha mesmo, pois o livro não foi traduzido para o português. Da Cama até a Sala de Reuniões é o subtítulo do livro que vai te dar uma ideia muito boa, muito boa mesmo do que acontece na vida de quem convive com esses tipos.

Durante a tradução/resumão eu escrevo alguns *run, run as fast as you can* que querem dizer "corra, corra o mais rápido que puder" indo para o lugar mais longe possível. Esses cutucões são meus e você não encontrará no texto original do Dr. Scott, apesar de que uma vez ele quase falou isso, eu achei. Essas notinhas foram talvez o meu jeito (desesperado?) de expressar os comportamentos com os quais tenho mais dificuldade em lidar. Como você é diferente de mim, prepare-se para outros momentos de estrangulamento. Conte aqui nos comentários quais são eles, se achar importante compartilhar sua experiência com outras pessoas que passam pelo mesmo que você.

O livro fala de homens passivo-agressivos, mas isso não quer dizer que não existam mulheres passivo-agressivas. Aliás, conheço bem as duas espécies, mas assim como o autor, vou aqui falar diretamentos dO passivo-agressivO deixando A passivA para outro momento. Então, a conclusão de tudo o que li e vivi, adicionando alguns conselhos mais diretos está aqui para você.


Feliz dia de Ação de Graças
Quem quer começar com os comentários passivos-agressivos?


1.  Caso decida se casar com um passivo-agressivo, você não terá um marido ao seu lado 100% do tempo. Terá às vezes um marido e outras tantas vezes um adolescente rebelde morando e dormindo com você. Isso quer dizer que se pretende ter 2 filhos, pode ser que, às vezes, se veja como uma mãe solteira que tenta educar 3 filhos.

Por que falo isso? Porque viver com um passivo-agressivo demanda muita energia, pois ele precisa de constante estímulo, encorajamento, elogios e confetes sendo jogados na cabeça dele. Isso vai se repetir quase que o tempo todo e isso pode ser muito cansativo.

Eu imagino que você se relaciona ou se casa para ter um parceiro, um companheiro, um amante, uma pessoa para dividir com você as dificuldades da velhice e um pai para seus filhos, certo? Agora imagine-se com alguém que ao menor dejavú (uma situação atual que se parece muito com outra do passado) sai do papel de pai/marido para atuar como o filho adolescente revoltado, com você, é claro! Detalhe, você nem sempre vai entender esses gatilhos, porque nunca saberá exatamente o que ele está re-vivendo. Caso identifique o que você faz que engata o comportamento dele, pode ser que você não consiga controlá-los em si mesma. Veja só o tamanho da encrenca, pois todos agimos conforme nossa natureza humana e criação.

Pode ser que isso tudo não lhe preocupe no momento, afinal a paixão domina a visão realística da situação, ou vocês ainda não têm filhos... Pois, por enquanto são só vocês dois, namorados ou casados e você tem bastante tempo para ir até ele e conversar, pedir desculpas, se explicar e fazer as coisas que o livro indica (elas funcionam). Entretanto, como fica quando você estiver num dia ruim e já tiver um bebê no braço e o tal "adolescente emburrado" decidir ficar assistindo TV ou fingindo que não escuta o que você fala?

Nesse momento o seu marido não estará mais ao seu lado, ele te abandonou. Se você insistir nervosamente vai fazer com que ele se feche ainda mais, como explica sabiamente o livro. Então a situação pede que você vista a sua capa de mulher Zen Durante o Despertar da Consciência Cósmica, vá até ele e explique (e demonstre com apresentação de power point e tudo mais) que o seu desespero, grito, nervosismo, pavor, nada tem a ver com o que ele viveu na infância. Você está preocupada, nervosa, chateada, hormonal, sei lá. Depois dessa conversa terá que aguardar que ele saia da concha por si só, pois se forçar a barra fu*** de vez.

Continua amanhã...


Aqui estão links para você ir direto para as partes do livro que lhe interessam.



O livro: Living with the Passive-Aggressive man; Coping with the Personality Syndrome of Hidden Aggression - from the Bedroom to the Boardroom, de Scott Wetzler, Ph.D., New York, 1992.

Nenhum comentário:

Postar um comentário