Mimimi é equivalente a uma reclamação, no sentido da pessoa só falar do problema e não buscar solução dele ou ficar reclamando da vida sem tomar a responsabilidade de seus atos e correr atrás de seus sonhos.
O mimimi existe em várias culturas desde muito tempo antes de chegar no Brasil e é uma representação onomatopeia da criança que faz birra para conseguir algo de seus pais, um chororô. Uma forma infantil de chantagem para vencer pela saturação.
Neener, neener, neener é uma variação americana do nosso mimimi. Também existe o yadda-yadda-yadda que é usado para aquela pessoa que está reclamando às vezes sem razão, choramingando, se vitimizando. Ele também pode ser usado como o nosso blá-blá-blá para encurtar histórias.
Então o mais atual uso da expressão mimimi é quando a pessoa reclama repetidamente sem dar ouvidos as possíveis soluções para seu problema. Às vezes ela até escuta a ideia que o outro lhe dá, mas não toma atitude para sair daquela situação e no dia seguinte (às vezes literalmente) volta com as mesmas queixas. A pessoa prefere ficar reclamando dia após ao invés de resolver o problema ou admitir que é esse o lugar que escolheu para estar.
Quem não conhece alguém que sempre se queixa do mesmo problema? Salário baixo, chefe chato, empresa ruim, mas por que não muda de emprego? Ou não vai montar seu próprio negócio? Esse é um eterno mimimi que a coloca na posição de coitadinha, vítima da crueldade do mundo. Outra opção para essa pessoa seria admitir que não quer, ou não pode, ou não consegue arrumar outro lugar melhor; parar de reclamar e começar a ter atitudes para viver em paz com a escolha que fez - ficar na empresa por um tempo.
Nos EUA ainda existe o boo-hoo (pronuncia BÚ-RÚ) que é usado para interromper o mimizento no meio do seu mimimi. É como se você dissesse para a pessoa reclamona: "Cresce, toma uma atitude na vida, vira gente!"
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